TERCEIRIZAÇÃO? QUE TERCEIRIZAÇÃO?

segunda-feira
O jornal entregue pelo grupo denominado “Vem pra luta” acusa a direção do Sinpro-Rio de terceirização da gestão. Alguns dados precisam ser apontados.
O primeiro pode surpreender o leitor desatento. Entre os signatários do documento se encontram o 1° e o 2° vice-presidente, o tesoureiro, o procurador, o 2º secretário, dois membros do conselho fiscal e suplentes da executiva. Ora, como qualquer decisão passa pela aprovação de TODA a diretoria, espanta que tal posição venha a ser levantada pelos acima citados.
No entanto, cabe responder a acusação. Terceirização se traduz numa prática empresarial visando cortar custos de uma empresa. Por essa prática, um determinado setor da empresa – por exemplo, o de limpeza – é demitido e uma empresa é contratada para assumir a função. Com isso, o empresário diminui seus custos com o corte de encargos sociais e o trabalhador – por vezes o mesmo que foi demitido – é contratado pela terceirizada com condições piores a que vivenciava anteriormente.
Foi o que fez o Sinpro? Algum funcionário foi demitido? Vamos aos fatos. O professor que é associado e desconta em folha, tem a mensalidade do Sinpro descontada todo mês em seu salário. A escola envia para o Sinpro o total de descontos efetuados no seu espaço. O mesmo ocorre quando o professor assume o desejo de pagar a contribuição assistencial.
Entretanto, um significativo número de escolas desconta do professor e não repassa. Claro que o setor financeiro do Sinpro-Rio tem a tarefa de cobrar. Por vários fatores o mesmo não ocorreu. O jurídico buscou negociar com estas escolas... nada. O que fazer? Deixar a contribuição do professor ser apropriada? Não incorporar o dinheiro do professor? Algumas dessas dívidas já remontam ao ano de 2008.
Considerando que a diretoria atua nos plantões do sindicato, visita escolas e universidades e ainda leciona em suas escolas, coube à diretoria buscar uma saída. E qual foi? Contratar uma empresa especializada em cobranças.
O sucesso foi efetivo; a empresa negociou, incorporou juros, multas, realizou acordos e sinaliza que ao longo de 2014 o sindicato receberá um montante expressivo do que foi pago pelo professor e sonegado por algumas escolas.
Repetindo o lero-lero moralista dos conservadores, o vem pra luta (como assim? Nunca estiveram nela?) apenas ataca, difama e agride. Qual a solução? O que fazer? Que proposta apresentaram antes e agora para a recuperação do dinheiro pago pela categoria? Nada! Não trazem propostas, só ataques, se escondem num mundo de fofocas e intrigas, num mundo da burocracia sindical, incapaz de diferenciarem o apagador do giz. A direção do professor Wanderley Quedo busca a permanente defesa dos interesses do professor e não se omite. Ao moralismo conservador, optamos pela prática política, pela luta. Enfim, cabe perguntar: que terceirização é essa? Existiu mesmo? A resposta é não!
 
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